Com Vic Hamuche, uma conversa sobre viagens que transformam, ensinam e deixam marcas para sempre
Há viagens que cabem em fotos. Outras, em histórias. Mas existem aquelas que nos atravessam de um jeito irreversível, deixando marcas mesmo depois que as malas voltam para o armário. Em uma conversa com a Lifestyle Mag, Victoria Hamuche compartilha suas experiências mais transformadoras pelo mundo, revelando destinos que surpreendem, gestos culturais que tocam a alma e sabores que nunca mais saem da memória.
Entre safáris na África, passeios pelo Japão e noites mágicas na Puglia, ela nos convida a enxergar que viajar não é apenas se deslocar: é mudar de pele, de olhar, de ritmo.
LM: Qual foi a primeira viagem que te virou pelo avesso — aquela que deixou marcas mesmo depois que as malas voltaram para o armário?
VH: A África, sem dúvida. É um destino que conecta com a natureza de uma forma quase inexplicável. As pessoas são incríveis, e a convivência com os animais é transformadora. No Ruanda, fizemos um safari com gorilas que durou mais de seis horas — existe todo um ritual de preparação para esse encontro. Também tivemos experiências únicas, como caminhar ao lado de elefantes. São vivências que ficam para sempre.
LM: Estar em constante movimento é libertador ou, às vezes, pesa na alma? VH: Estar em movimento é absolutamente libertador. Eu amo descobrir novas paisagens, culturas e experiências. Claro, imagino que em outra fase da vida, com filhos, isso possa mudar. Mas, por enquanto, é o que me move.
LM: Qual foi o lugar que mais te surpreendeu e te apresentou outra versão de si mesma? VH: O Japão. A cultura deles é completamente diferente de tudo o que eu conhecia: a organização, o respeito, a educação… Foi um choque positivo. Quero muito voltar e reviver tudo aquilo.
LM: Já encontrou uma cultura que te fez querer mudar o ritmo da sua própria vida? VH: No Japão, novamente. Eles são calmos, respeitosos, cuidadosos uns com os outros. Lembro de um jantar em que os donos do restaurante nos acompanharam até a porta e só viraram de costas quando nos afastamos completamente. Pequenos gestos que dizem muito.
LM: Qual foi aquele momento em que você parou e pensou: “Não acredito que estou aqui”? VH: Na Alta Moda da Dolce & Gabbana, na Puglia. Vários dias de desfiles e eventos em pequenas cidadelas italianas. Era tudo tão lindo, surreal e culturalmente rico que parecia um sonho.
LM: Viajar também é provar o mundo. Qual sabor ficou na memória como um perfume difícil de esquecer? VH: Um tagliatelle à bolonhesa, em Bolonha. O tipo de sabor que fica gravado na memória, como se fosse uma lembrança afetiva.
LM: Existe um restaurante que você guarda no coração como um lar temporário? VH: O Quadri, em Veneza. Sempre volto, todos se conhecem, o clima é familiar. Me sinto em casa ali.
Entre safáris na África, passeios pelo Japão e noites mágicas na Puglia, ela nos convida a enxergar que viajar não é apenas se deslocar: é mudar de pele, de olhar, de ritmo.